O deputado estadual Yglésio Moyses denunciou, por meio de um vídeo divulgado recentemente, uma decisão judicial polêmica que retirou a guarda de uma criança da mãe, a engenheira Paula Thereza Gewehr, e a concedeu ao pai, João Felipe Miranda Demito, acusado de violência doméstica. O caso tem gerado grande revolta na sociedade maranhense, especialmente entre movimentos de defesa dos direitos das mulheres, que questionam a imparcialidade da Justiça e a falta de proteção às vítimas de violência de gênero.
Paula Thereza denuncia que a decisão judicial teria sido influenciada pelo poder econômico e pelas conexões políticas de Demito, que é filho de um ex-prefeito de Balsas (MA). A situação se agrava pelo fato de que a advogada do pai da criança, Edmee Maria Leite Froz, é esposa do desembargador Froz Sobrinho, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), o que levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade do julgamento.
De acordo com Paula, o argumento usado para lhe retirar a guarda da filha foi a suspeita de alienação parental, enquanto as denúncias de agressões cometidas por Demito foram desconsideradas. A engenheira contesta a decisão e denuncia o que considera uma manobra judicial para favorecer o pai da criança, em detrimento da segurança e bem-estar da menor.
Críticas ao TJMA e a insegurança jurídica no Maranhão
A decisão gerou grande revolta e intensificou as críticas ao Tribunal de Justiça do Maranhão, que há tempos tem sido alvo de questionamentos sobre sua imparcialidade e transparência. Diversos casos polêmicos têm levantado suspeitas sobre a atuação de desembargadores e juízes no estado, gerando uma crescente sensação de insegurança jurídica entre os maranhenses.
Não é de hoje que o TJMA é alvo de críticas por suas decisões controversas e pela suposta interferência de grupos políticos e econômicos em processos judiciais. O caso de Paula Thereza é mais um episódio que coloca em xeque a credibilidade do Judiciário maranhense e expõe a fragilidade do sistema na proteção de mulheres vítimas de violência.
O deputado Yglésio declarou que, caso a Justiça não reverta a decisão até a próxima terça-feira, ele divulgará detalhes da suposta articulação para beneficiar Demito. O parlamentar também cobrou uma postura mais rigorosa do TJMA na defesa dos direitos das mulheres e na garantia de um julgamento justo.
Diante da comoção popular, a sociedade maranhense aguarda uma posição do Tribunal sobre o caso e reforça a necessidade de uma Justiça verdadeiramente imparcial e comprometida com a defesa dos mais vulneráveis.