A gestão da prefeita Dilcilene Oliveira, do município de Boa Vista do Gurupi, voltou a ser cercada de questionamentos após novas suspeitas de que a administração estaria retomando práticas relacionadas à manutenção de funcionários fantasmas.
As denúncias reacendem um caso anterior que já resultou na abertura de uma Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa, com pedido de liminar, atualmente em tramitação na Vara Federal.

De acordo com documentos que embasaram a ação de 2021, o Ministério Público Federal apontou que a prefeitura teria nomeado servidores que não exerciam suas funções no município, muitos deles residentes em outras cidades. Segundo o MPF, o esquema integrava um possível caso de nepotismo cruzado, prática que consiste na troca de nomeações entre administrações politicamente alinhadas para garantir cargos e salários a aliados.

Nos últimos meses, porém, relatos de servidores e informações de bastidores indicam que nomeações suspeitas voltaram a surgir na estrutura administrativa da prefeitura. Há indícios de novas lotações sem comprovação de atividade, o que reacende o debate sobre a continuidade das práticas que motivaram o processo federal.

Caso seja confirmada a repetição desses atos, a prefeita poderá enfrentar agravamento da situação processual, inclusive com novas medidas judiciais.

Enquanto isso, moradores de Boa Vista do Gurupi cobram explicações. A cidade enfrenta dificuldades estruturais e serviços públicos fragilizados, enquanto dúvidas sobre a gestão de pessoal da prefeitura ganham força.

Órgãos como MPF, CGU, GAECO e Tribunal de Contas podem voltar a ser acionados para verificar se há reincidência das condutas apontadas anteriormente. Até o momento, a Prefeitura de Boa Vista do Gurupi não se manifestou oficialmente sobre as novas suspeitas.
A população aguarda esclarecimentos e transparência sobre um tema que volta a colocar o município no centro de uma polêmica envolvendo o uso do dinheiro público e a responsabilidade administrativa.








